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sábado, 10 de março de 2012

A lenda de como surgiu a festa de São João


Esta explicação baseia-se nos relatos populares quanto ao entendimento de como se originou a principal festa do mês de junho: O São João.

Em registros da Bíblia nos diz que Isabel prima de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: “ quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo” Lucas (1:41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus.

Lima (1997) relata que enquanto os historiadores buscam as origens das festas de São João nos cultos profanos, o povo simples tece o seu rosário de lendas:




“Santa Isabel prometeu a Maria mandar plantar um mastro na montanha próxima e acender em torno uma fogueira. Ao nascer São João Batista como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de “Aurora da Salvação”. É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo. A promessa fora cumprida, fumaça, labaredas e o mastro. Maria avistou no local combinado, partiu-se logo a abraçar sua prima Isabel. A partir daí celebra o santo com fogo e mastro, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança”.



Em Rangel (2008) registram-se a lenda sobre o surgimento das bombas de São João:




“Antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava muito triste por não ter filhos. Certa vez, um anjo de asas coloridas, envolto em uma luz misteriosa, apareceu à frente de Zacarias e anunciou que ele seria pai. A alegria de Zacarias foi tão grande que ele perdeu a voz desse momento em diante. No dia do nascimento do filho, perguntaram a Zacarias como a criança se chamaria. Fazendo um grande esforço, ele respondeu “João” e a partir daí recuperou a voz. Todos fizeram um barulhão enorme. Foram vivas para todos os lados. Vem daí o costume de as bombinhas, tão apreciadas pelas crianças, fazerem parte dos festejos juninos”.



Conheça algumas cantigas, culinária e danças presentes nas festas juninas

Cantigas
Uma verdadeira festa junina não existe sem música, dança, casamento caipira, muita comida e bebida, além de vários tipos de jogos e brincadeiras, como pescaria, correio elegante, corrida com ovo cozido equilibrado na colher, entre outros. É também época de cantar cantigas clássicas como estas:





Culinária

Ninguém consegue resistir às comidinhas típicas das festas juninas. Ficamos com água na boca só de pensar em deliciosa canjica, pamonha, milho assado, milho cozinhado, pé-de-moleque, pipoca, bolo de fubá, e muitas coisas mais!. As receitas são passadas de comadre para comadre, e a gente faz questão de experimentar, não é mesmo! Apesar de ter muitas coisas em comum, a culinária típica das festas juninas não é igual em todas as regiões do Brasil.

No Norte, por exemplo, o biju e a tapioca são os quitutes mais saboreados nessas ocasiões. No Sul, festa junina sem pinhão e quentão não é festa junina. No Sudeste, é o pão de queijo que faz sucesso e o quentão novamente. No Centro-Oeste a preferência de adultos e crianças é a pamonha. No Nordeste, são a pamonha, a canjica, o milho cozido ou assado, o queijo de coalho.


Danças

Além da quadrilha, outros tipos de danças também animam as comemorações juninas, como, por exemplo, o forró no Nordeste, o cateretê na Região Sudeste, o cururu na Região Centro-Oeste, o vaneirão no Sul e o boi-bumbá, que aquece os festejos do Norte brasileiro.

No Nordeste, o São João é celebrado com muita festa e alegria em grandes arraias, que em algumas cidades duram o mês inteiro, como em Caruaru, em Pernambuco, e em Campina Grande, na Paraíba. É a Paraíba que detém o título de “maior São João do mundo” e em Caruaru de “melhor São João do mundo". Mas as festas também acontecem em sítios, paróquias e casas por toda a região Nordeste, sempre com muito forró, com exceção do estado do Maranhão, o forró é substituído pela representação do bumba-meu-boi, que conta a história dos escravos Pai Chico ou Matheus e Mãe Catirina, que roubam e matam o boi preferido de seu amo, pois a mulher, grávida, estava com desejo de comer a língua do animal.

No Sudeste, as festas são chamadas de juninas, e é um costume que vêm das cidades do interior. Elas são realizadas na região rural, mas também nas escolas e clubes. Nela não podem faltar a quadrilha e brincadeiras como pescaria, correio elegante, argolas, etc.

No Centro-Oeste, a quadrilha dá lugar ao cururu, dança exclusivamente masculina. Ao som de viola ritmada, os dançarinos sapateiam e cantam músicas improvisadas e cheias de rimas. O siriri é semelhante ao cururu, mas é dançado por casais. A pamonha está sempre presente no cardápio.

No Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a quadrilha dá lugar a dança de fitas ou pau-de-fitas. Nessa coreografia os participantes giram ao redor de um mastro central fincado no chão. Em seu topo são presas as pontas de longas fitas coloridas, que são seguradas pelos dançarinos. Durante a dança as fitas são trançadas.

No Rio Grande do Sul, os trajes típicos regionais estão presentes nas festas juninas (bombachas para os homens e vestidos de prendas para as mulheres). Dança-se o vanerão e um dos costumes é andar descalço sobre as brasas da fogueira. No cardápio não pode faltar o pinhão, que nada mais é do que a semente da araucária.

No Norte, especialmente na Amazônia, os caboclos homenageiam seus santos com festas que começam em junho, com o dia de Santo Antonio, e terminam em dezembro, com o dia de São Benedito. Em junho acontecem os festejos do Boi-bumbá. A festa mais conhecida é a de Parintins, que acontece no mês de julho,com apresentações dos bois Garantido e Capricho.

Ainda hoje encontramos nas pequenas cidades do interior do Nordeste brasileiro a comemoração das festas juninas com grandes eventos. Festas de ruas, as famílias fazem as comidas típicas e comemoram as colheita do milho e do feijão, além do leite que é obtido do gado porque existe muito pasto.

Temos nas cidades de Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) trinta dias de festa com forró, comidas típicas, fogueira e fogos de artifício.



Autora: Carina Cristina Agnes Calegari

3 comentários:

Unknown disse...

ONDE JESUS MANDO ADORA JOÃO

Unknown disse...

ONDE JESUS MANDO ADORA JOÃO

Anônimo disse...

Qual foi a quermece que Jesus e João dançaram. E comeu milho verde e pamonha na bíblia ? Honde está escrito ?

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