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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Escola que faz Educação Ambiental

ESTAREMOS DIVULGANDO O TRABALHO DE ALGUMAS ESCOLAS QUE REALIZAM ATIVIDADES INTEGRADAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA QUE COMPARTILHEMOS COM TODOS QUE SE INTERESSAM PELO ASSUNTO. A ESCOLA DE HOJE É O GEO-PATOS (PB)

Visitamos nesta quinta-feira, dia 06 de setembro de 2012, o GEO – Patos, uma escola que desenvolve projetos integrados na área ambiental, que integra seus espaços para propiciar equilíbrio e harmonia com a natureza. Localizada no Bairro Belo Horizonte na cidade de Patos-PB. A fim de conhecermos o trabalho de educação ambiental realizado na mesma, entrevistamos o coordenador dos projetos ambientais, o geógrafo Luís Lima de Aquino. Aquino que já publicou seu primeiro livro intitulado como Geografia de Patos - Bases para a Compreensão do Espaço (a caminho um dicionário com mais de 600 páginas, no qual está sendo avaliado por duas editoras) e já realizou passeata com participação de mais de quatro mil pessoas em protesto contra a poluição do Rio Espinharas, trabalha também, questões similares com seus alunos em sala de aula. Aproveita o intervalo recreativo para instruí-los sobre a importância da coleta seletiva, juntamente com o professor de Ciências, Aurélio. Há vários projetos ambientais desenvolvidos na escola, como a revitalização do pátio escolar, inserindo plantas nativas e exóticas (40 árvores foram plantadas); coleta e reciclagem do óleo de cozinha usado, incluindo a capacitação dos moradores locais para a fabricação de sabão; coleta de resíduos sólidos, como garrafas PET, sacolas plásticas, papelão, latinhas e papel, auxiliando na compreensão de que resíduo não é lixo e pode ser reciclado, minimizando os impactos ambientais. Arrecadação de pilhas e baterias (não fazem mais pela dificuldade de destinação). Mais ainda, O GEO planeja diversos trabalhos a serem realizados, como por exemplo, a construção de uma sala ao ar livre, com arborização e espaço aconchegante para os alunos. O professor Luis Aquino ressalta que trabalhar as questões ambientais exige muita garra e perseverança no ideal porque, em geral, há pouca valorização deste trabalho, tanto por parte da população em geral, quanto por representantes de órgãos públicos, entretanto acredita que esta postura tende a mudar ou a existência humana na terra ficará comprometida. “O trabalho é árduo, mas não podemos desistir” afirma o docente. Parabéns professores, parabéns GEO-Patos pela contribuição em educação ambiental que dão às novas gerações!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Para Início de Conversa...


Este blog pretende aprofundar ou, pelo menos dar visibilidade a quem trabalha com sustentabilidade sócio ambiental na sua vertente educacional, mas para início de conversa o que dizer isto?

Sustentabilidade - vem do latim sustentare (sustentar, defender , favorecer, conservar, cuidar)  que diz respeito a tendência dos ecossistemas tenderem a estabilidade, ao equilíbrio dinâmico, a funcionarem na base da interdependência e da complementaridade, reciclando matérias e energias. Desta afirmativa depreende-se que sustentabilidade relaciona-se com a continuidade dos serviços ambientais e aos ciclos.

Sustentabilidade é um termo inaugurado pela ecologia, ciência criada em 1866 por Ernest Haekel, para estudar os sistemas vivos desta época para cá a ecologia avançou no sentido de estudar as interrelações homem e meio ambiente e ao fazer uma crítica quanto a forma de atuação do ser humano.

Segundo o criador desta ciência a ecologia é o estudo do inter-retro-relacionamento de todos os sistemas vivos e não-vivos entre si e com seu meio ambiente. (Fonte: Ecologia: Grito da terra, grito dos pobres. Autor: Leonardo Boff. Editora Sextante, 2004)

A singularidade desta ciência, segundo Leonardo Boff na obra citada acima, não está no estudo de um dos elementos isolados, mas na interrelação deste com o ambiente em que vive e com os seus pares.

Sócioambiental - refere-se ao conjunto sociedade e meio ambiente. O ser humano é um ser que se agrega para poder sobreviver e, para atender as suas necessidades essenciais e culturais, acessa os recursos naturais construindo formas de se interrelacionar com o meio, portanto ao se agregar os seres humanos e o meio ambiente significa que se estuda a dinâmica e a interrelação entre eles.

Esta visão procura evitar que se defenda a natureza em detrimento da vida e sobrevivência humana, que se caia no extremismo de se proteger as espécies sem cuidar do ser humano que se encontra também em situação de risco, os pobres e miseráveis que vivem sem condições de atender as suas necessidades básicas de alimentação, moradia, segurança, educação e lazer e sem as mínimas oportunidades para desenvolver suas potencialidades.

Educação - Ação de desenvolver  as capacidades psíquicas, intelectuais e morais. Em todas as fases da vida o ser humano deve estar aberto a este processo e nunca considerar-se pronto, acabado, porque na realidade ele nunca estará. Constitui-se demonstração de sabedoria sabedoria reconhecer como disse o filósofo Sócrates “Só sei que nada sei” e não acomodar-se permanecer em descoberta, conforme se posicionou o físico Albert Einstein: considero-me como uma criança caminhando a beira do mar e recolhendo conchas enquanto a imensidão do oceano permanece desconhecido para mim. Reconhecer-se como um descobridor, mas acomodar-se nunca!

Entretanto estes conceitos que constituem este projeto caem no vazio e não geram ações se não os encaixarmos numa discussão que começa em mim e em você: Que tipo de civilização queremos?

-Qual a civilização que você quer?
Nesta civilização que valores devem ser cultivados?
Que relação tem esta civilização que queremos com nós próprios, ou seja, que tipo de felicidade ela nos proporcionará? Proporcionará a meus descendentes? A comunidade que eu integro?

domingo, 1 de julho de 2012

Mudanças climáticas: uma realidade

Secas extremas, inundações, furacões.... Pessoas que perderam suas casas, suas plantações, seus animais, sua fé. Essa é a realidade enfrentada por brasileiros em diversas regiões do País. A causa? As mudanças do clima. Apesar de muita gente ainda achar que aquecimento global é coisa de cinema ou que só acontecerá daqui a muitas gerações, um documentário que o Greenpeace lança no dia 23 de agosto mostra que tudo isso já é, infelizmente, uma realidade.


Indicação de Músicas


Título da Música: SAL DA TERRA 
TEMA: Cuidado com o planeta terra. Música de grande sensibilidade importante para despertar o respito pelo planeta que nos serve não só de moradia mas que é a nossa fonte de vida ao reconhecermos que fisicamente estamos interligados à terra.
Autor: Beto Guedes
Encontramos a letra completa e vídeos utilizando esta música.
Sugestão de atividade: fazer um paralelo entre esta música e a “carta do chefe Seattle” que narra a postura de um chefe indígena perante os elementos naturais do planeta que, para eles, podem ser comparados a um grande corpo.  Ao trazer este debate para sala de aula o educador vai sensibilizar o educando para as diversas visões de vida e, deste modo, passe a reconhecer que não há uma visão única das coisas.

Título da Música: PLANETA ÁGUA 
TEMA: Importância da água; trata da água em movimento e frisa que a terra é planeta água.
Pode-se utilizar para despertar o estudante para a ocorrência e importância da água na terra. Pode-se, por exemplo,  fazer um jogral ou uma apresentação artística utilizando esta música.
Autor: Guilherme Arantes

Título da Música: PAZ PELA PAZ
TEMA: Cultura da paz a partir do indivíduo pacificado.
Autor: Nando Cordel
O tema paz ainda é grande desconhecido em suas bases pois vivemos a cultura da violência. Paz requer, dependendo do nível que se trata, desde  o exercício da compreensão, da tolerância, perpassando pelo conhecimento de como se resolver conflitos de forma construtiva, até pelo emprego da justiça. 
Gandhy inaugurou, pelo menos para mim, a concepção de que devemos ser contra o ato, mas não contra o agressor, isto significa dar-lhe oportunidade de reaprendizado, respeitar-lhe a inteireza física e mental. Esta proposta é tão inovadora, mais uma vez pelo menos para mim, que passei anos trabalhando-a na minha mente porque eu não sabia separar o ato do agressor ou seja, o agressor não se resume ao ato que ele praticou, ele nutre sonhos, possui familiares, entes queridos e uma história.
Bem, a cultura da paz exige outro foco diferente do que nos alimentou até hoje e, neste sentido,  precisa-se despertar para temas como comungar, acolher, colaborar, cuidar. Nestas bases delineia-se um cenário de justiça mais efetiva em que não basta isolar o agressor, tem-se que dar-lhe condições para que o mesmo se reeduque.
Isto significa idealmente que qualquer pessoa que nasça no solo terreno tenha oportunidades de desenvolver suas virtudes e assim  serão poucos os verdadeiramente criminosos  que ocuparão as poucas prisões que existirão. Aumentarão o número de mais escolas, de espaços de aprendizagem, de espaços de estímulo à criatividade ao desenvolver dos potenciais humanos.
Nesta linha de discussão sugiro ler e conhecer a proposta de Gandhy. A Fundação Palas Athena (www.palasathena.org) divulga literatura e saberes nesta temática.
O prof. Pierre Wail, criou a Universidade Holística da Paz (UNIPAZ) e em seu site apresenta artigos que trata do tema (www.pierrewail.pro.br). Segue apenas estes dois para nossa consulta.

sábado, 2 de junho de 2012

Especial - Festas Juninas


Olá pessoal, tudo bem? Você acha que conhece tudo sobre as festas juninas? Após ler este artigo descobrirá que não sabia de muita coisa!

Sabemos que no decorrer do ano existem diversas datas especiais que na maioria das vezes são feriados. Geralmente estes feriados são bem vindos para os trabalhadores, sinônimo de folga de um dia de trabalho, lazer com a família, diversão ou até mesmo descanso. O mês de junho é conhecido pelas Festas Juninas: Santo Antonio (dia 13); São João (dia 24) e São Pedro e São Paulo (dia 29).As festas juninas e suas brincadeiras típicas ligadas a fogos, balões e fogueiras, apesar da alegria, representam um risco ao meio ambiente e à saúde, com incidência de queimaduras, crises alérgicas que aumentam nos hospitais de todo o Brasil.Em termos ambientais aconselhamos: Neste São João acenda uma fogueira, mas somente no seu coração. Não contribua com o desmatamento e com a emissão do dióxido de carbono (CO2). Nós cidadãos precisamos refletir sobre os impactos que o nosso consumo degradam o meio ambiente, e que certas atitudes corretas contribuirão para o equilíbrio ambiental que significa: maior qualidade de vida.

Nesse artigo especial de Festas Juninas, Carina Cristina Agnes Calegari, integrante do Programa PASS (Programa de Ações para a Sustentabilidade Socioambiental) da UFCG/Patos - PB, reuniu diversas informações que contribuirão para enriquecer o material didático do educador ambiental ao abordar esse tema com os alunos e a comunidade.



 

sábado, 10 de março de 2012

Um pouco de história: como surgiu esta festa


Quanto ao surgimento destes festejos, os pagãos já realizavam festas nesta época e o catolicismo para tornar-se mais popular e aceitável insere estas festividades na mesma época, pois em Roma havia uma celebração pagã à deusa Juno, esposa de Júpiter (por isso a denominação 'junina'), na mitologia grega são chamados de Ceres e Zeus. Segundo Pastorais (s.d), para diferenciar as festas de Juno da festa de São João, a Igreja Católica passou a chamá-las de festas 'joaninas'. Com o tempo, as festas joaninas, realizadas em junho, acabaram sendo mais conhecidas como juninas.

O mês de junho é quando ocorre o solstício de verão (no dia 21 ou 22 de junho o Sol, ao meio-dia, atinge seu ponto mais alto no céu, é o dia mais longo e a noite mais curta do ano) no Hemisfério Norte, correspondia à  época do ano em que diversos povos antigos faziam rituais de invocação de fertilidade para estimular o crescimento da vegetação e obter colheitas fartas, incluindo a ocorrência de chuvas (FRAZER, 1982).

É importante destacar que, no Hemisfério Norte, as quatro estações do ano são demarcadas nitidamente, enquanto que na região equatorial e nas tropicais do Hemisfério Sul, existe o período de chuva e o de estiagem, mas ainda assim a presença do ciclo vegetativo: alteração na coloração e perda das folhas, seca e renascimento.

O que ocorre com a natureza é algo semelhante à saga de Tamuz e Adônis, que segundo a crença Suméria, submergem do mundo subterrâneo e retornam todos os anos para viver com suas amadas Istar e Afrodite e com elas fertilizar a vida.

Junto ao cultivo da terra, o ser humano desenvolveu rituais de invocação da fertilidade para ajudar o crescimento das plantas e proporcionar uma boa colheita.

Na Grécia, por exemplo, Adônis era considerado o espírito dos cereais. Entre os rituais mais expressivos que o homenageavam estão os jardins de Adônis: na primavera, durante oito dias, as mulheres plantavam em vasos ou cestos sementes de trigo, cevada, alface, funcho e vários tipos de flores. Com o calor do sol, as plantas cresciam rapidamente e, como não tinham raízes, murchava ao final dos oito dias, quando então os pequenos jardins eram levados, juntamente com as imagens de Adônis morto, para ser lançados ao mar ou em outras águas.

Na Europa, os festejos do solstício de verão foram adaptados à cultura local, de modo que em Portugal foi incluída a festa de Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua, em 13 de junho. E a tradição cristã completou os ciclos com os festejos de São Pedro e São Paulo, ambos apóstolos da maior importância, homenageados em 29 de junho.

Quando o cristianismo triunfou sobre a velha mitologia pagã, os costumes enraizados na cultura popular da Europa de então, não poderiam ser deletados, continuando o povo a realizar suas festas a cada chegada de um novo verão, agora utilizando outros termos (LIMA, 1997).

É por esse motivo que a Igreja Católica, em vez de condená-los, os adaptou às comemorações do dia de São João, que teria nascido em 24 de junho, dia do solstício de verão europeu, adaptando ao seu próprio calendário (FRAZER, 1982).

Aos poucos os cristãos foram criando novos mitos para explicar as práticas anteriores (pagãs), a isto se chama sincretismo religioso (BIBLIOTECA VIRTUAL, s.d). A origem católica desta festa se fundamenta no nascimento de João Batista registrado em Lucas (1:57 a 64).

Autora: Carina Cristina Agnes Calegari

A lenda de como surgiu a festa de São João


Esta explicação baseia-se nos relatos populares quanto ao entendimento de como se originou a principal festa do mês de junho: O São João.

Em registros da Bíblia nos diz que Isabel prima de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: “ quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo” Lucas (1:41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus.

Lima (1997) relata que enquanto os historiadores buscam as origens das festas de São João nos cultos profanos, o povo simples tece o seu rosário de lendas:




“Santa Isabel prometeu a Maria mandar plantar um mastro na montanha próxima e acender em torno uma fogueira. Ao nascer São João Batista como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de “Aurora da Salvação”. É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo. A promessa fora cumprida, fumaça, labaredas e o mastro. Maria avistou no local combinado, partiu-se logo a abraçar sua prima Isabel. A partir daí celebra o santo com fogo e mastro, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança”.



Em Rangel (2008) registram-se a lenda sobre o surgimento das bombas de São João:




“Antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava muito triste por não ter filhos. Certa vez, um anjo de asas coloridas, envolto em uma luz misteriosa, apareceu à frente de Zacarias e anunciou que ele seria pai. A alegria de Zacarias foi tão grande que ele perdeu a voz desse momento em diante. No dia do nascimento do filho, perguntaram a Zacarias como a criança se chamaria. Fazendo um grande esforço, ele respondeu “João” e a partir daí recuperou a voz. Todos fizeram um barulhão enorme. Foram vivas para todos os lados. Vem daí o costume de as bombinhas, tão apreciadas pelas crianças, fazerem parte dos festejos juninos”.



Conheça algumas cantigas, culinária e danças presentes nas festas juninas

Cantigas
Uma verdadeira festa junina não existe sem música, dança, casamento caipira, muita comida e bebida, além de vários tipos de jogos e brincadeiras, como pescaria, correio elegante, corrida com ovo cozido equilibrado na colher, entre outros. É também época de cantar cantigas clássicas como estas:





Culinária

Ninguém consegue resistir às comidinhas típicas das festas juninas. Ficamos com água na boca só de pensar em deliciosa canjica, pamonha, milho assado, milho cozinhado, pé-de-moleque, pipoca, bolo de fubá, e muitas coisas mais!. As receitas são passadas de comadre para comadre, e a gente faz questão de experimentar, não é mesmo! Apesar de ter muitas coisas em comum, a culinária típica das festas juninas não é igual em todas as regiões do Brasil.

No Norte, por exemplo, o biju e a tapioca são os quitutes mais saboreados nessas ocasiões. No Sul, festa junina sem pinhão e quentão não é festa junina. No Sudeste, é o pão de queijo que faz sucesso e o quentão novamente. No Centro-Oeste a preferência de adultos e crianças é a pamonha. No Nordeste, são a pamonha, a canjica, o milho cozido ou assado, o queijo de coalho.


Danças

Além da quadrilha, outros tipos de danças também animam as comemorações juninas, como, por exemplo, o forró no Nordeste, o cateretê na Região Sudeste, o cururu na Região Centro-Oeste, o vaneirão no Sul e o boi-bumbá, que aquece os festejos do Norte brasileiro.

No Nordeste, o São João é celebrado com muita festa e alegria em grandes arraias, que em algumas cidades duram o mês inteiro, como em Caruaru, em Pernambuco, e em Campina Grande, na Paraíba. É a Paraíba que detém o título de “maior São João do mundo” e em Caruaru de “melhor São João do mundo". Mas as festas também acontecem em sítios, paróquias e casas por toda a região Nordeste, sempre com muito forró, com exceção do estado do Maranhão, o forró é substituído pela representação do bumba-meu-boi, que conta a história dos escravos Pai Chico ou Matheus e Mãe Catirina, que roubam e matam o boi preferido de seu amo, pois a mulher, grávida, estava com desejo de comer a língua do animal.

No Sudeste, as festas são chamadas de juninas, e é um costume que vêm das cidades do interior. Elas são realizadas na região rural, mas também nas escolas e clubes. Nela não podem faltar a quadrilha e brincadeiras como pescaria, correio elegante, argolas, etc.

No Centro-Oeste, a quadrilha dá lugar ao cururu, dança exclusivamente masculina. Ao som de viola ritmada, os dançarinos sapateiam e cantam músicas improvisadas e cheias de rimas. O siriri é semelhante ao cururu, mas é dançado por casais. A pamonha está sempre presente no cardápio.

No Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a quadrilha dá lugar a dança de fitas ou pau-de-fitas. Nessa coreografia os participantes giram ao redor de um mastro central fincado no chão. Em seu topo são presas as pontas de longas fitas coloridas, que são seguradas pelos dançarinos. Durante a dança as fitas são trançadas.

No Rio Grande do Sul, os trajes típicos regionais estão presentes nas festas juninas (bombachas para os homens e vestidos de prendas para as mulheres). Dança-se o vanerão e um dos costumes é andar descalço sobre as brasas da fogueira. No cardápio não pode faltar o pinhão, que nada mais é do que a semente da araucária.

No Norte, especialmente na Amazônia, os caboclos homenageiam seus santos com festas que começam em junho, com o dia de Santo Antonio, e terminam em dezembro, com o dia de São Benedito. Em junho acontecem os festejos do Boi-bumbá. A festa mais conhecida é a de Parintins, que acontece no mês de julho,com apresentações dos bois Garantido e Capricho.

Ainda hoje encontramos nas pequenas cidades do interior do Nordeste brasileiro a comemoração das festas juninas com grandes eventos. Festas de ruas, as famílias fazem as comidas típicas e comemoram as colheita do milho e do feijão, além do leite que é obtido do gado porque existe muito pasto.

Temos nas cidades de Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) trinta dias de festa com forró, comidas típicas, fogueira e fogos de artifício.



Autora: Carina Cristina Agnes Calegari

Sugestões para enfeitar sua festa


Segundo o Portal Educacional (s.d) todo mundo sabe que balões e fogos de artifício são perigosos e causam muitos incêndios, acidentes e queimaduras. Além disso, fabricar, vender, transportar ou soltar balões é proibido por lei. Quem cometer esse delito, além de ter que pagar uma multa, pode ficar preso de um a três anos. Por isso, nada de brincar com essas coisas.

Mas existe um balão que não causa nenhum acidente, é muito fácil e divertido de fazer e vai deixar sua festa muito mais colorida. Aprenda a fazer um lindo balão de origami. Vamos lá, mãos a obra!





Diversão sim, balão não

Durante muito tempo, soltar balão era uma forma de comemorar as festas juninas. Dizia-se que eles levavam pedidos para São João atender. O problema é que estes balões sobem devido ao ar que é mantido quente através do fogo.

Resultado: inúmeros incêndios são causados por balões que caem. O perigo é tanto que eles se tornaram fora-da-lei. Soltar balões é proibido pelo Código Florestal Brasileiro e pela Lei das Contravenções Penais.

Fogos, rojões e companhia costumam fazer parte das festas. Só que também são perigosos. Eles contêm pólvora, que pode provocar acidentes graves. Aliás, não é pequeno o número de pessoas que, todos os anos, se ferem devido a acidentes com fogos de artifício.

E é bom lembrar: acender fogueiras sempre envolve riscos e só deve ser feito por adultos.
Mas não se preocupe. Existem muitas maneiras de se divertir sem correr riscos. Brincadeira é o que não falta nas festas juninas.

(Revista Dr. Rec e Companhia. São Paulo, Paulus, jun.1996. ano1 n.4).



Bonitos, mas perigosos!

Os acidentes com fogos que embelezam os festejos juninos, na maior parte deles são conseqüência do mau uso, provocando sérios riscos à saúde.
Uns dos principais motivos é que as pessoas não seguem corretamente as instruções do manual. Também não observam as regras de vendas de fogos, e vendem para crianças, o que obrigatoriamente só poderia ser manuseado por um adulto.


Autora: Carina Cristina Agnes Calegari




Festas Juninas ou Joaninas?


A tradição de fazer grandes festas no mês de junho existe há muito tempo, desde quando nossos antepassados deixaram de viver apenas da caça, da pesca e da coleta e passaram a praticar a agricultura.

Os festejos juninos, de junho ou, joaninos, de São João, representam uma tradição que identifica a região Nordeste desde a época do Brasil Colônia e que se mantém, até hoje, nas mais diversas camadas sociais e não só no nordeste, mas ocorrendo também nas outras regiões do Brasil (Norte, Sul, Centro-Oeste e Sudeste).

Os festejos juninos foram introduzidos desde o início da colonização portuguesa, e foram de tamanha importância social que influenciaram diretamente nos usos e costumes do nosso povo (LIMA, 1997).

Pela tradição, a festa junina consiste em celebrar os bons resultados da colheita e pedir que o próximo plantio traga bons frutos. São João, santo protetor das colheitas e o santo festeiro. Santo Antônio conhecido como "casamenteiro" sempre o mais invocado para auxiliar moças solteiras a encontrarem seus noivos, conhecido também por ajudar as pessoas a encontrarem objetos perdidos. São Pedro, guardião das portas do céu, também considerado o protetor das viúvas e dos pescadores. São Paulo embora seja homenageado, pouco é lembrado, apóstolo que se converteu à fé cristã no caminho de Damasco, quando recebe o chamado de jesus para ser seu apóstolo. 

Esta festividade demonstra devoção e homenagem dos devotos. As festas juninas estão enraizadas de arte popular com suas influências próprias das regiões, cheias de pureza, ingenuidade, poesia e inspiração. Lembranças nas quais passam de geração para geração, pois o ciclo junino continua firme em nosso tempo, persistindo ainda nos dias de hoje. A camisa xadrez, os vestidos de chita, os chapéus de palha, as tranças nos cabelos das meninas, as bandeirinhas coloridas, as melodias das sanfonas, a lenha na fogueira, os sacos de pipocas, a quadrilha, entre outros.


Autora: Carina Cristina Agnes Calegari

Fogueira e consciência ambiental


A fogueira na festa junina representa chama de vida e boas novas. Elas são utilizadas para esquentar as comidas típicas, como canjica, curau e até mesmo o quentão, bebida própria para aquecer em dias de frio, temperada com gengibre. A fogueira fica em evidência na festa e é rodeada por lanternas e bandeirinhas formando o típico ambiente de arraial.

Entretanto nos dias de hoje com o intenso desmatamento, principalmente no nordeste brasileiro campanhas vêm sendo realizadas no sentido de substituir a queima da fogueira por outros artifícios, um deles é a fogueira ecológica que é feita com tubos de papelão substituindo a madeira e papel celofane ou seda imitando a chama, embaixo coloca-se lâmpadas e a fogueira fica iluminada, embeleza o ambiente, mas não gera fumaça, nem contribui para o desmatamento e a produção de gás carbônico,Souza et al. (2010) citado por Pinto (2007) afirmam que o impacto causado pelo uso indiscriminado da vegetação para fazer fogueira de São João é extremamente preocupante, pois colabora para a devastação e, conseqüentemente, para a desertificação do semi-árido (e outros biomas), sem mencionar o volume de lenha utilizado diariamente para alimentar os fornos das padarias, aquecer os fornos das olarias, as caldeiras das indústrias e de práticas errôneas de agricultura como a coivara (queima para plantio).

O solo vai perdendo a cobertura fértil e, aos poucos, torna-se estéril. A Figura 1 mostra uma fogueira típica em que, para minimizar os impactos gerados pelo desmatamento pode-se utilizar madeira de demolição (reaproveitamento de madeira) ou fazer uma fogueira coletiva, onde moradores de uma rua se reúnem e fazem apenas uma fogueira para a festa ao invés de várias fogueiras individuais. Uma ressalva faz-se uma fogueira de tamanho normal e não uma super fogueira!

As figuras 2 e 3 mostram a quantidade de madeira vendida para queimar no período junino e uma demonstração da derrubada de árvores.

 Figura 1

Figura 2

Figura 3
 Fonte das Imagens: www.bloguito.com.br. 2010;Bezerra, 2012 e Lima, 2012.


Mais do que nossos avós se preocuparam nós precisamos nos preocupar com o meio ambiente, no sentido de respeitar seus limites e aprender a parcimônia, pois na época deles não se falava, nem se percebia de forma tão intensa os problemas ambientais. Eles exigem nossa mudança de comportamento, que deve estar baseado no sentido de conhecer e respeitar os ciclos e o ritmo da natureza, maior parcimônia e responsabilidade no uso dos recursos naturais. Desenvolvimento de atitudes de humildade perante a natureza (Souzaet al. 2010).

Pensar o meio ambiente é pensar na própria condição de existência de vida no planeta, pois meio ambiente é tudo que nos cerca e que nos possibilita desenvolver.Segundo a Constituição Federal de 1988:


“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”
(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, CAPÍTULO VI, DO MEIO AMBIENTE, Art. 225).


Diante das questões ambientais, por uma saúde ambiental propomos que a Festa Junina seja valorizada por meio da montagem de bandeirinhas, balões feitos de jornais ou revistas, mini cenários com garrafas pet como apresentam as figuras 4, 5 e 6.

Por mais que muitas pessoas pensem que não passa somente de lixo, podemos fazer muita coisa utilizando esse material reciclado, e fazer uma linda decoração, basta tercriatividade. Além do mais, pode ser mais barato fazer uma decoração com o material reciclável do que com o material comum. Pois terás peças totalmente diferenciadas e únicas, o que vai garantir que você seja notado como uma pessoa moderna e que se preocupa com o planeta.

É assim que o PASS (Programa de Ações para a Sustentabilidade Socioambiental) vem incentivando a cultura do reduzir, reutilizar e reciclaros resíduos, sensibilizando para a necessidade do respeito à natureza, pois estas ações significam de ser responsável consigo mesmo, com a comunidade que está inserido, com o planeta e com as futuras gerações.

Aproveitem a tradição junina com muita alegria e de forma saudável!!!

 Figura 1

 Figura 2

 Figura 3
Figuras 4,5 e 6- Ornamentos com Bandeiras, balões, fogueira ecológica e mini cenário para o São João desenvolvido pelo PASS/UFCG. Fonte: Calegari, 2012


Autora: Carina Cristina Agnes Calegari

Referências Bibliográficas

MAGALHÃES, Conceição. Meu São João. 2010. Disponível em: www.arteducacao.pro.br/Cultura/junina.htm. Acesso em 10 de junho de 2012.

AÇÃO E AVENTURA (s.d). Agenda ambiental: Festas Juninas-perigos e Cuidados. Disponível em: www.acaoeaventura.com.br/AgendaAmbiental.html. Acesso em 31 de maio de 2012.

BEZERRA, José. Projeto Cheirinho de Mato. Disponível em: www.cheirinhodemato.blogspot.com.br/2011_06_01_archive.html. Acesso em 13 de junho de 2012.

Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Festas Juninas: Cultura, religiosidade e tradição (s.d). Disponível em: www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/.../200706-festasjuninas.pdf

BIBLIA SAGRADA. Evangelho São Lucas “A pessoa e a missão de Jesus” capítulo 1, versículo 57 a 64. Edição Pastoral. Paulus, 1990.

FRAZER, George James. O Ramo de Ouro.  Versão Ilustrada, 1982. Disponível em: www.classicos12011.files.wordpress.com/2011/03/45354652-o-ramo-de-ouro-sir-james-george-frazer-ilustrado.pdf. Acesso em 04 de junho de 2012.

LIMA, Claudia. Revista Junina. Edição Especial. Recife: Editora Raízes Brasileiras, junho, 1997. Disponível em: www.claudialima.com.br. Acesso em: 03 de junho de 2012.

PASTORAIS, Pastoreando com Espiritualidade Vivendo com Excelência. Festas Juninas e o Sincretismo Religioso (s.d). Disponível em: www.novavida.net_festasjuninas. Acesso em 03 de junho de 2012.

PORTAL EDUCACIONAL. Festa Junina-Tudo sobre essa data. Disponível em:www.educacional.com.br/.../Festa%20Junina. Acesso em: 04 de junho de 2012.

RANGEL, Lúcia Helena Vitalli. Festas Juninas, festas de São João: origens, tradições e história. São Paulo: Publishing Solutions, 2008.

SOUZA, Pierre de; LIMA, Joedla Rodrigues de; OLIVEIRA, Habyhabanne Maia.  Campanha de sensibilização sobre o desmatamento causado pela queima da madeira nas festas juninas. CCNExt, Santa Maria, v.1, n1, jan - jun.2010. Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revista_ccne/ojs/index.php/ccnext/article/view/286/371. Acesso em 21 de junho de 2012.

Sem autor. Diversão sim, balão não. in: Revista Dr. Rec e Companhia. São Paulo, Paulus, jun.1996. ano1 n.4.

Sem autor. Por que acendemos a fogueira no São João. Postado em 22 de junho de 2010. Disponível em: www.bloguito.com.br/por-que-acendemos-a-fogueira-no-sao-joao. Acesso em 13 de junho de 2012.

SANTANA, Denise. A verdade bíblica sobre as festas juninas. Jornal dos Amigos Amizade sem Fronteiras. Belo Horizonte, 03 de junho de 2006. Disponível em: www.jornaldosamigos.com.br/origem_festas_juninas.htm. Acesso em: 01 de junho de 2012.